Qualquer dia
eu termino o meu poema
aquele que guardei,
impublicável
poema que eu mesma censurei
e escondí
em lugar inacessível
Nele, eu desnudo a tua alma
inconstante
inconstante
junto à minha já exposta
e inquieta ...
Poema eternamente inacabado
só a estrofe final
eu termino bruscamente.
Em minhas noites insones
aquele final intenso
eu repito como um mantra
em meditação transcendente...
e mesmo assim,
o contundente final
em minha alma insistente
vem buscar transmutação
enquanto tento dormir...
IreneDuarte
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