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quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Feliz Sem Saber

FELIZ SEM SABER 


Se soubesses o que vejo
e como vejo o que tu és!
a tua alma inquieta
que não se gosta e não crer
não se aceita e não se entende
e se agride sem querer
ou se entende não transforma
e não vê quem está perto
com a angustia de quem ama
sem nada poder fazer
Resistindo até à morte
aos sentimentos mais nobres
que estão dentro de tí
que sofrimento te invade?
o que te faz não olhar
o amor que está tão perto
a exuberância da vida
os convites da natureza
as amizades sinceras
e o não querer aceitar?
O que me causa espanto
tens a essência do ser
Fico triste por saber
que só mais tarde, bem mais
quando não houver mais jeito
de suportar o abandono
e a esperança se for
e a velhice chegar
e a solidão se impor
é quando vais te dar conta
dos erros que cometeste
de não viver os momentos
E as dádivas que recebeste
pela bondade de Deus
nada fizeste com elas...

Maceió, 07 de janeiro de2011

IreneDuarte


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